O filme que Morgan Freeman aceitou fazer apenas para pagar as contas: 'Preciso sobreviver

  • 20/11/2024
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O filme que Morgan Freeman aceitou fazer apenas para pagar as contas: 'Preciso sobreviver

O filme que Morgan Freeman aceitou fazer apenas para pagar as contas: 'Preciso sobreviver'

Conhecido por sua exímia capacidade de encarnar personagens profundos, com incríveis ensinamentos, o vencedor do Oscar também arranjou tempo na carreira para alguns projetos de tom cômico, bem menos sérios


Por
Giovana Abrantes
Se ele é um dos mais respeitados astros de toda a indústria, não é por acaso. Em seus mais de 50 anos de carreira, Morgan Freeman se tornou conhecido pela crítica especializada e pelo público por sua incrível versatilidade em projetos de diversos gêneros diferentes -- da Broadway para os cinemas e das telonas para as séries documentais, Freeman é um daqueles astros de rosto e voz absolutamente inesquecíveis -- as cinco indicações ao Oscar e a vitória da estatueta em 2005 apenas reforçam o fato.

Com tanto sucesso, é de se esperar que boas oportunidades não faltem na agenda de Morgan, assim como altas quantias também não devam faltar em sua conta bancária. Será mesmo? Por incrível que pareça, nem mesmo os mais bem estabelecidos artistas hollywoodianos estão livres dos momentos de necessidade -- se o trabalho, por menos atrativo que pareça, oferece a chance de estabilidade financeira, por que não aceitar?

Essa foi a exata questão que Morgan Freeman se fez quando recebeu em casa o roteiro de 'Ted 2' (2015), a sequência da comédia sobre um urso de pelúcia que quer conquistar a vida e a rotina de um ser humano comum.

Durante uma entrevista para o telejornal 'Today', que faz parte da programação matinal da TV norte-americana, os jornalistas perguntaram ao astro vencedor do Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por 'Menina de Ouro' (2004) por que ele teria aceitado fazer um filme como 'Ted' -- isto é, uma sátira que se leva muito pouco a sério. "O que você queria conversando com um urso de pelúcia?", brincou o jornalista.

Morgan, sempre muito sincero, respondeu: "Você quer mesmo saber? Preciso sobreviver", arrancando risadas do entrevistador e dos outros apresentadores.

Ainda que 'Ted 2' não seja o tipo de produção que você espera ver Morgan Freeman participar, não é como se o astro de 'Um Sonho de Liberdade' não tenha gostado de estrelar o longa ao lado de Mark Wahlberg e Seth Macfarlane (a voz do protagonista, o urso de pelúcia animado). "É tão engraçado. É muito, muito engraçado. Eu ri o tempo todo enquanto fazia o filme. E tinham vezes que os outros começavam a rir e eu ficava, 'Espera aí, o que eu perdi?'".

No filme, Freeman interpreta o advogado de direitos humanos Patrick Meighan, contratado por Ted para defendê-lo judicialmente. Na trama do segundo filme escrito e dirigido por Seth MacFarlane, o urso acaba de se casar com Tami-Lynn (Jessica Barth). Pprontos para começar uma família juntos, eles optam pelo método de inseminação artificial para que Tami engravide. O problema, entretanto, é que, para que o procedimento médico seja realizado, Ted precisa provar na justiça que é um ser humano.

'Ted 2', apesar de soar como um título que se destaca na filmografia de Morgan Freeman por seu tom cômico, nada sério, não é o primeiro desse estilo em toda a carreira do ator. Você, inclusive, deve lembrar do astro no papel de Deus, na comédia de 2003, 'O Todo-Poderoso', protagonizada por Jim Carrey. Em 2007, Morgan retornou para o personagem na sequência, dessa vez vivida por Steve Carell, 'A Volta do Todo Poderoso'.

Para Freeman, atuar em dramas ou comédias nunca foi um problema. "Se vai me pagar, então eu gostarei de fazer", resumiu. "Eu não escolho papéis pela importância social ou relevância dramática deles. Eu só aceito o que gosto, o que eu consigo me ver fazendo. Então, se é engraçado, está tudo bem. Se é dramático, tudo bem também. Vim do teatro, então eu já fiz tudo. Então fico feliz de fazer qualquer coisa que eu considere boa".

De seu caminho da Broadway para cá, foram muitos os papéis. A primeira indicação ao Oscar veio em 1988, pelo thriller 'Armação Perigosa' (1987), na categoria de Melhor Ator Coadjuvante. A segunda foi em 1990, pelo drama 'Conduzindo Miss Daisy' (1989), e dessa vez, pela categoria principal: Melhor Ator. A terceira, novamente por Melhor Ator Coadjuvante, naquele que se tornaria um dos principais títulos de sua carreira, 'Um Sonho de Liberdade' (1995).

A vitória só veio mesmo em 2005, por 'Menina de Ouro' (2004), o filme de Clint Eastwood, que levou várias estatuetas para casa naquela edição da premiação. Em 2010, Morgan foi novamente indicado, e dessa vez por um papel ainda mais relevante e marcante que os anteriores -- o do Ex-Presidente da África do Sul e ativista pelos direitos humanos, Nelson Mandela, no drama 'Invictus' (2009).

Tempos passados desde alguns de seus maiores papéis, de 'Se7en - Os Sete Crimes Capitais' (1995) até Lucius Fox na trilogia de 'O Cavaleiro das Trevas' (2005-2012), Freeman se aventurou em muitas produções: deu voz a ao mago Vitruvius na amada animação 'Uma Aventura LEGO' (2014), esteve na ficção científica 'Lucy' (2014) com Scarlett Johansson e até nos dois filmes de 'Winter, O Golfinho' (2011-2014).

Na TV, Morgan apresentou incontáveis séries documentais de todo o tipo: sobre alienígenas ou mesmo sobre a história do divino em diversas culturas ao redor do mundo. Por esses trabalhos e por tantos outros, a voz de Morgan se tornou um de seus traços mais especiais.

Aos 87 anos, Morgan Freeman continua trabalhando. Seu próximo projeto vem logo no próximo ano, o terceiro filme da franquia 'Truque de Mestre', com Dave Franco, Michael Caine, Mark Ruffalo, Jesse Eisenberg, Lizzy Caplan e Isla Fisher. O astro participa da trama sobre mágicos criminosos desde o primeiríssimo filme, lançado em 2013.


FONTE: https://revistamonet.globo.com/




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